Cerca de 27 jovens indígenas e não indígenas vindos do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Venezuela e Bolívia participaram da oficina sobre o Sistema de Monitoramento de Áreas Queimadas e Gestão do Fogo, realizada pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ), em Manaus (AM). O momento ocorreu, de 17 à 19 de novembro, durante o Encontro da Juventude Amazônida promovido pelo Serviço Amazônico de Ação Reflexão e Educação Socioambiental (Sares) e o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, em parceria com a Agro e Fogo.
A oficina ocupou o último dia de programação, no dia 19 de outubro. Ministrada por Liz Barreto e Julia Abrantes, do Lasa, a partilha passou pela apresentação do Sistema Alarmes, que além do monitoramento dos focos de calor, permite acompanhar a extensão da atuação imediata do fogo e o seu rastro. “Vou levar esse conhecimento para a brigada que estruturamos em nosso município, essa ferramenta será essencial para fortalecer o nosso trabalho de monitoramento do fogo”, conta Francimara Araújo, jovem de Careiro (AM), que participou do momento.

Para além da oficina, os jovens tiveram uma imersão em atividades de fortalecimento ao protagonismo das juventudes amazônidas na construção da justiça climática, especialmente rumo 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro desse ano, em Belém (PA). No primeiro dia, houve a exposição do curta-metragem Floresta Curumim, parte da Mostra Audiovisual Tela Verde, exibida em parceria com o Centro MAGIS Amazônia; já no segundo dia, os jovens se dividiram em grupos para dialogar sobre a emergência climática, produzindo poemas, ilustrações e músicas expressando o sonho de uma Amazônia viva e sustentável.
“A parceria entre o Sares e a Articulação Agro e Fogo foi fundamental para o Encontro da Juventude do Bioma Amazônia. A metodologia utilizada na oficina por Liz Barreto e Julia Abrantes foi excelente, contribuindo para fortalecer o conhecimento sobre a Plataforma LASA e como acompanhar áreas queimadas em quase em tempo real. Além disso, reforçou o caráter formativo e transformador do encontro, mostrando como parcerias estratégicas são essenciais para a prevenção e proteção da floresta”, comenta Mary Nelys, analista social do Sares.
Com informações de Sares.



